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Mitos e verdades sobre esterilização
Você sabe tudo sobre a esterilização por óxido de etileno? Está afiado sobre os benefícios do processo e sua aplicabilidade? Caso ainda tenha dúvidas, chegou a hora de esclarecê-las. Isso porque, neste post, fizemos uma seleção de mitos e verdades sobre o tema, que trará conhecimento tanto para leigos quanto para experientes.
Com linguagem simples e indo direto ao ponto, o nosso objetivo é informar sobre esse processo que é tão indispensável à área da saúde. Boa leitura!
Processamento e esterilização são a mesma coisa.
Mito! De acordo com definição da Portaria Interministerial 482/1999, a esterilização é um “processo físico ou químico para eliminar microrganismos nas formas vegetativas e esporuladas de substâncias, materiais ou artigos.”
Da mesma maneira, a Resolução de Diretoria Colegiada RDC 15/2012, define o processamento de produtos para saúde como “conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras”.
Isso quer dizer que a esterilização faz parte da cadeia do processo, mais amplo e complexo, que é o processamento.
Só é possível fazer a esterilização com materiais termorresistentes.
Mito! O óxido de etileno é altamente eficaz pela sua penetração e pela sua difusibilidade, podendo esterilizar artigos médico-hospitalares termossensíveis, estreitos ou longos, com ou sem lúmen. Além disso, permite a esterilização de materiais compostos por qualquer matéria-prima.
O processamento não é proibido no Brasil para nenhum material.
Mito! O reprocessamento só é proibido para os produtos que apresentem “PROIBIDO REPROCESSAR” na rotulagem, bem como para os materiais que constem na Resolução Específica 2.605/2006, dentro da relação dos produtos de processamento proibido, que pode ser encontrada no site da Anvisa.
Para que o processamento seja eficiente e seguro, é necessário estabelecer e validar o protocolo de processamento para os materiais.
Verdade! O protocolo precisa ser validado por especialistas qualificados e, posteriormente, seguir fidedignamente todas as etapas. O controle de processos e rastreabilidade são essenciais para a garantia da correta execução de cada etapa do processamento, trazendo a confiabilidade e a segurança dignas de um processo eficiente, seguindo os seguintes passos: conferência; limpeza/desinfecção; enxágue; secagem; inspeção; empacotamento; rotulagem e esterilização.
Alguns produtos vencidos podem ser esterilizados e utilizados sem ferir a legislação vigente.
Verdade! Alguns rótulos possuem informação completa do prazo de validade do material, e, assim, informam a validade da esterilização e a validade do produto em si. Nesses casos, é possível realizar uma nova esterilização se o produto estiver com a validade de esterilização vencida, porém com o próprio prazo de validade em si ainda vigente.
A esterilização por óxido de etileno tem maior durabilidade que outros métodos.
Verdade! A esterilização por óxido de etileno é classificada como padrão ouro, devido entre outros motivos, a sua alta penetrabilidade e sua ação bactericida, fungicida, virucida e esporicida, não dependendo de altas temperaturas para sua ação. Sendo assim, o prazo de validade dessa esterilização é maior se comparado a outros métodos, desde que o armazenamento do produto processado/esterilizado seja realizado em condições ideais, sem danificar o material e sua embalagem. Garantir um correto armazenamento do produto junto com um processo eficiente de esterilização é fator determinante para a garantia de esterilidade do material.
A esterilização por óxido de etileno conserva a vida útil do produto.
Verdade! A esterilização por óxido de etileno preserva as características físicas do material, já que é um processo menos agressivo, pois ocorre em baixa temperatura se comparado a outros métodos e com o agente esterilizante em forma gasosa.
O processamento de materiais hospitalares não reduz os custos da saúde.
Mito! Os benefícios do processamento de materiais hospitalares são extremamente relevantes. A redução do custo da saúde e a preservação ao meio ambiente são alguns deles.
O óxido de etileno pode ser utilizado em uma vasta gama de produtos hospitalares.
Verdade! O método pode ser usado em diversos itens. Instrumentos de uso intravenoso e cardiopulmonar, telescópios e aparelhos utilizados para monitorização invasiva são alguns exemplos. Outros equipamentos que também apresentam boa resposta: eletrodos, marca-passos e fios elétricos.
A análise cromatográfica de gases residuais não é necessária.
Mito! Conforme preconiza a Portaria Interministerial n° 482, de 1999, todos os ciclos de esterilização devem passar por análise cromatográfica de gases residuais. O objetivo é analisar nos produtos possíveis resíduos de óxido de etileno, etilenoglicol e etilenocloridrina provenientes do processamento.
Todo material hospitalar pode ser processado.
Mito! Alguns produtos estão na lista negativa da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Por isso, é importante estar atento aos rótulos. Neles, é possível checar se há o aviso que proíbe o processamento ou não.
Os órgãos reguladores de esterilização possuem exigências específicas para todas as empresas.
Verdade! Para garantir o alto padrão de qualidade e segurança do processamento, são necessários: licenças e autorizações, certificações, estrutura física adequada, equipamentos e mão de obra especializada, processos bem definidos e validados.
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