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A utilização de óxido de etileno na esterilização de materiais hospitalares

O óxido de etileno é um dos processos mais indicados para a esterilização de materiais hospitalares. Todos os objetos considerados críticos e que não possam ser expostos ao calor ou a agentes esterilizantes líquidos devem ser processados por esse meio.

 

Esse é um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos instrumentos, exceto esporos bacterianos. Além de segura, a esterilização de materiais hospitalares por esse método também é mais econômica, visto que é possível processar alguns instrumentos termossensíveis. Entretanto, é importante ressaltar que essa alternativa não se aplica a todos os objetos hospitalares. Alguns materiais não podem ser processados, devendo ser descartados após o uso.

 

Cuidados na hora de esterilizar materiais hospitalares por óxido de etileno

Para que a esterilização de materiais hospitalares seja bem-sucedida, a Central de Esterilização de Materiais (CME) ou a empresa contratada deve tomar alguns cuidados na hora da execução. Além da limpeza prévia do material, que deve ser rigorosa, o acondicionamento do produto também é muito importante.

 

Esse método de esterilização é regulamentado pela portaria interministerial nº 482, de 16 de abril de 1999, publicada em 1999.  A Portaria veio aprovar o Regulamento Técnico e seus Anexos, contendo disposições sobre os procedimentos de instalações de Unidade de Esterilização por óxido de etileno e de suas misturas e seu uso, bem como, de acordo com as suas competências, estabelecer as ações sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Emprego.

 

  • Regulamento Técnico;
  • Condições mínimas de área física, de instalações e de segurança ambiental;
  • Embalagem, rotulagem, transporte e armazenamento de recipientes de Óxido de Etileno e suas misturas;
  • Embalagem, rotulagem, transporte e armazenamento de materiais médico-hospitalares;
  • Condições mínimas para eficácia do processo de esterilização de materiais e artigos médico-hospitalares;
  • Condições mínimas de saúde e segurança ocupacional;

 

Principais materiais cirúrgicos que podem ser esterilizados com óxido de etileno

 

  • Borrachas sensíveis;
  • Plásticos;
  • Instrumentais ópticos;
  • Instrumentos delicados;
  • Termoresistentes e termossensíveis em geral;
  • Implantes: órteses e próteses.

 

Conheça o ciclo de esterilização do óxido de etileno

Para que a esterilização de materiais hospitalares por óxido de etileno seja feita, é preciso que haja a presença de vapor de água. Além disso, é necessário considerar alguns parâmetros, como tempo de exposição, temperatura, umidade relativa, concentração do gás e aeração.

O ciclo pode ser dividido nas seguintes partes:

 

Teste de segurança e integridade

Fase em que é realizada uma série de testes automáticos, a fim de identificar a segurança do sistema e a hermeticidade do vaso. O sistema irá informar caso ache qualquer falha no processo.

 

Vácuo/pulsos de nitrogênio

Essa fase garante a total segurança e a correta penetrabilidade do gás no material a ser esterilizado. Consiste na total retirada do oxigênio da câmara e do material.

 

Verificação/controle da umidade

Nesta etapa, ocorre a averiguação da total retirada da umidade relativa e a sinalização de possíveis correções. Dessa forma, o gás poderá agir conforme as condições ideais do processo.

 

Injeção do gás e manutenção do tempo de exposição

O gás de óxido de etileno é injetado na câmara nesta fase, após atingir os níveis de pressão e temperatura ajustados ao tempo de exposição.

 

Retirada e lavagem do gás

Após exposto ao óxido de etileno, o material passa por uma fase de processamento a vácuo com sequências de injeção de nitrogênio para a retirada completa do gás e diminuição dos riscos.

 

Aeração forçada

Esta fase possibilita a total retirada residual do gás por meio de pulsos de ar. Dessa forma, garante-se a qualidade final do processo de esterilização de materiais hospitalares por óxido de etileno.

 

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Controle da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa,  adota uma forte postura em relação à esterilização de materiais por seus diversos processos. Em 2012, foi publicada a RDC15, uma resolução que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de materiais de produtos para a saúde.

 

Dessa forma, o órgão é capaz de regulamentar o funcionamento dos serviços de saúde que realizam a prática de esterilização de materiais hospitalares. O foco é a total segurança dos pacientes e dos profissionais envolvidos no processo.

 

Como órgão regulamentador e fiscalizador, a Anvisa tem exercido um papel fundamental para que todo o processo de esterilização de produtos hospitalares se torne cada vez mais seguro e inteligente.

 

Optar por esterilizar materiais hospitalares com o óxido de etileno é uma forma eficaz de garantir a segurança no manejo dos instrumentos. É bom para o paciente e para os profissionais da área. Conheça mais sobre todos os processos que abrangem esse método baixando o e-book “Processamento de materiais hospitalares”. É só clicar aqui.

 

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